As festas de S. Miguel em Leça da Palmeira

S. Miguel - Leça da Palmeira
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Sendo Leça da Palmeira dedicada a S. Miguel era de esperar que as festas em honra do seu padroeiro fossem as festas mais importantes desta terra. Tal como acontece na grande maioria das localidades por esse Portugal fora.
É impossível dissociar Leça da Palmeira de S. Miguel. Já no início século XIII na paróquia de Leça existia uma importante igreja que tinha S. Miguel como orago. Os nomes atribuídos a esta localidade ao longo dos tempos estão sempre relacionados com este facto: S. Miguel de Leça da Palmeira, S. Miguel da Palmeira, S. Miguel de Bouças, Leça de Matosinhos e S. Miguel de Moroça.

S. Miguel, ou S. Miguel Arcanjo, é um arcanjo comum às três religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Em hebraico, Miguel significa “aquele que é similar a Deus”, o que é tradicionalmente interpretado como sendo uma pergunta retórica: “Quem como Deus?”. Para esta questão espera-se que a resposta seja “ninguém”, pois ninguém é como Deus.

Voltando às festas dedicadas ao padroeiro estas são uma tradição secular e ainda não há muitos anos, estas eram de facto as festas mais importantes de Leça da Palmeira. Tal como a festa do Senhor de Matosinhos, esta festa leceira combinava a vertente religiosa, da decoração da igreja e, principalmente, a procissão, com a vertente profana das danças, música, folclore, barraquinhas de comes e bebes e bancas de artesanato, brinquedos, doces, etc..

Procissão S. Miguel Arcanjo

As festas de julho não são mais do que as “festas de Santana”. Havia ranchos, música, barracas. Era um fim de semana de alegria em honra de Santa Ana. Com o alargamento e sucesso do Festarte, este acabou por praticamente se fundir com as festas de Santana e fez com que as festas de julho se tornassem nas «festas da cidade».

Agora, as festas de S. Miguel em setembro, não passam de um fim de semana diferente, com alguma música e danças. A própria procissão já não é o que era. Há uns anos, era preciso «suar» muito para conseguir colocar o filho (ou filha) como figurante na procissão. Hoje são os elementos da confraria que suam para arranjar pessoas que queiram participar na procissão.


Joaquim Monteiro


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