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Hoje escolho para símbolo de Leça não uma construção ou paisagem natural mas uma das associações que mais tem marcado a história dos leceiros e desenvolve uma ação fundamental no quotidiano das pessoas.
Inicialmente existiu a Comissão Auxiliar Humanitária de Matosinhos e Leça da Palmeira, criada em 1852 pela Real Sociedade Humanitária do Porto. Mais tarde, em 1873, esta Comissão desvinculou-se da Real Sociedade Humanitária do Porto, pelo que esta é considerada a data oficial da criação desta corporação de bombeiros, como é habitualmente «tratada» pelos leceiros.
O nome com a designação atual é de 1999, mas desde 1927 que a corporação é considerada de «utilidade pública».
Ao longo destes anos de história a corporação obteve muitos êxitos (e certamente alguns fracassos), o que levou a que já tenha sido condecorada em diversas ocasiões. A maior condecoração é o Colar da Ordem Militar de Torre e Espada, atribuída pela Presidência da República e que faz parte do símbolo da corporação.
Muita da história desta corporação pode ser vista no Museu, localizado no 2º andar do “quartel dos bombeiros”. Embora ocupe apenas uma sala, este museu tem muitas histórias para contar e é um mundo que atrai os mais novos e a nós, adultos, nos leva ao passado e ao nosso imaginário infantil.
Relativamente ao trabalho dos bombeiros podemos enquadrá-lo em duas grandes áreas: o socorro e a emergência, que abarca o auxílio prestado (por exemplo em acidentes de viação, incêndios e catástrofes naturais) e o transporte de doentes.
Mas para mim, o que realmente me leva a considerar os bombeiros como um símbolo de Leça, é a forma como estes estão integrados na comunidade, como sentem a «terra» na qual estão inseridos, como colaboram com todas as instituições e organismos que lhe pedem colaboração.
É com a maior naturalidade que os professores solicitam aos bombeiros que vão até à escola e façam uma demonstração para as crianças, que um grupo de jovens que pretenda angariar fundos para qualquer atividade lhes peça «emprestada» o salão nobre para fazer uma festa, uma exposição ou apresentar uma peça de teatro, que qualquer coletividade que queira realizar uma assembleia geral solicite a sala para a reunião.
Fazem-no naturalmente pois praticamente já sabem a resposta. Dificilmente se encontra instituição com maior disponibilidade.
Imagens do Museu dos Bombeiros de Matosinhos-Leça
Até à próxima semana.
Joaquim Monteiro
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