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O presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, criticou, esta quinta-feira, o “comportamento inqualificável” da Galp por não ter informado a autarquia da situação que motivou queixas de um “forte cheiro a gás” até à Maia.
Em declarações à agência Lusa, Guilherme Pinto afirmou que “o que aconteceu foi uma coisa inqualificável, porque mais uma vez, por erro humano“, a cidade de Matosinhos esteve sujeita “a uma situação deplorável de emissão de gás durante toda a tarde, mas, pior do que isso, é que a Petrogal não contactou ninguém, não procurou ninguém, porque pensa que é um Estado dentro do Estado”.
[h2]Galp revela origem do mau cheiro na Maia e Matosinhos[/h2]
O porta-voz da Galp, Pedro Marques Pereira, explicou, sem reagir às declarações de Guilherme Pinto, que o que ocorreu foi uma “ineficiência no processo que foi prontamente resolvida sem quaisquer consequências para além da libertação de odores“.
O presidente da Câmara Municipal de Matosinhos disse que vai pedir explicações sobre o que se passou, lamentando que a Galp não tenha tentado “procurar junto dos poderes locais uma cooperação que [permitisse] tranquilizar a população ou tomar outras medidas”.
Por seu lado, a Câmara Municipal da Maia publicou uma mensagem na sua página da Internet, na qual se pode ler que, “fruto do cheiro anormal que está a assolar grande parte do concelho, e que tem provocado inúmeras solicitações de informação junto dos serviços municipais, a autarquia está em condições de informar a população maiata que esta ocorrência se deve a uma fuga de gás numa fábrica de Matosinhos”.
“Esta ocorrência já está a ser objeto de intervenção pelas entidades competentes e acompanhada pela Proteção Civil de Matosinhos, não havendo qualquer perigo para a saúde pública, além do incómodo que este cheiro intenso está a causar”, acrescentou a Câmara Municipal da Maia.
A situação na refinaria de Matosinhos, no distrito do Porto, levou a que um “forte cheiro a gás” se fizesse sentir para além daquele concelho.
De acordo com fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto, houve queixas durante a tarde em diversas freguesias dos concelhos de Matosinhos e Maia sobre o odor a gás, que teria sido causado por uma “anomalia” numa conduta, entretanto resolvida.
Segundo os Bombeiros Voluntários de Leixões, que chegaram a ser chamados ao local, tratar-se-ia de uma limpeza feita na refinaria.
O cheiro a gás levou, inclusive, a que fossem acionados os procedimentos de segurança internos da Unicer, em Leça do Balio, a cerca de 14 quilómetros de distância, resultando na evacuação de edifícios daquela empresa, como referiu à Lusa fonte oficial.
JN
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