Feira medieval recorda casamento real ocorrido em Leça do Balio

Casamento Real
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Feira Medieval – Leça do Balio –  8 a 11 de Setembro


Os Hospitalários no Caminho de Santiago” volta este ano a recordar o polémico e histórico casamento do rei D. Fernando com Dona Leonor Telles, ocorrido precisamente no Mosteiro de Leça do Balio, em 1372. A reconstituição da boda contará, este ano, com uma novidade de peso: os personagens principais do enlace serão interpretados pelos atores Inês Curado e Diogo Lopes, bem conhecidos do público português pela sua participação em telenovelas.

O vizelense, de 29 anos, e a tripeira, de 24, darão corpo ao rei cognominado “o belo” e à rainha a quem chamavam “a aleivosa”, cujo impopular casamento em Leça do Balio havia de dar origem à crise de 1383-1385.

O polémico casamento de D. Fernando com Dona Leonor Telles terá sido, refira-se, o primeiro casamento romântico da monarquia portuguesa: contrariando os interesses do Estado e as preferências da corte e do povo, o rei D. Fernando abandonou o paço lisboeta e veio matrimoniar-se discretamente naquele que era, então, um ponto obrigatório de paragem e descanso para quem rumavam a Santiago de Compostela a fim de venerar as relíquias do apóstolo.

A recriação da boda ocorrerá, como de costume, no domingo, 11 de setembro, pelas 17 horas, sendo o ponto mais alto da programação d’ “Os Hospitalário no Caminho de Santiago”. E outra vez o povo se há-de acotovelar para tentar ver os ilustres convidados – nobres, membros do clero, cavaleiros, dignitários estrangeiros e saltimbancos -, enquanto as mais belas esposas da realeza desfilarão longos, pesados e elegantes vestidos de cetim, tafetá, organdi e veludo.

Mosteiro Leça do Balio - Feira Medieval

Os grandes folguedos começarão já na quinta-feira, dia 18, pelas 17 horas, com a chegada do Arauto Régio anunciando a Carta de Feira de El Rei D. Fernando. Depois, e durante quatro dias, aquela que é uma das mais rigorosas recriações históricas que se fazem em Portugal promete muita animação, artesãos trabalhando ao vivo, saltimbancos e malabaristas, guerreiros terçando armas, folguedos diversos, jograis interpretando música a condizer, ordenação de cavaleiros, tabernas ruidosas e até uma comitiva de músicos moçárabes vindos do emirado de Granada (devidamente acompanhados de moças meneando o ventre como na história das mil e uma noites).

Pelo meio, “Os Hospitalários no Caminho de Santiago” contará também com algumas novidades. Para além de espetáculos diversos, dos autos de fé e das lutas de cavaleiros, o programa da feira inclui atividades para os mais pequenos e visitas guiadas ao mosteiro. Este ano será possível visitar o paço e a respetiva sala do cabido, e ver a pedra que assinala o início da construção, há mais de mil anos, do edifício que é monumento nacional.

Entre druidas, bufarinheiros e peregrinos a caminho de Compostela, o programa encerrará todos os dias com um espetáculo de fogo-de-artifício e prolonga-se até às 22 horas de domingo. A recriação “Os Hospitalários no Caminho de Santiago”, refira-se, é cofinanciada pelo FEDER a 85%, com o apoio do Programa Operacional NORTE 2020/ Portugal 2020.



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