Horários dos Serviços Públicos

Biblioteca-Florbela-Espanca
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Joaquim MonteiroServiços públicos devem ser isso mesmo, serviços públicos.

Desculpem-me a redundância, mas há muito que defendo que os serviços públicos devem ter horários coincidentes com as necessidades das pessoas. Os horários laborais adaptaram-se aos novos tempos. Cada vez há mais pessoas a trabalhar «à noite», aos fins de semana e aos feriados. Tudo isto porque, principalmente nas cidades, os serviços tornaram-se indispensáveis. Desde há muito que os setores primário (atividades extrativas, como a agricultura, a mineração, a pesca, …) e secundário (atividades transformadoras, como as industrias) ficaram para segundo plano.

Com a passagem do setor terciário para primeiro plano desapareceram algumas barreiras, nomeadamente o fim de semana de dois dias. É significativo o número de pessoas que não tem direito ao fim de semana e goza os dias de descanso durante a semana, ou mesmo apenas um dia.

Também os horários de trabalho se foram desmultiplicando e cada vez há menos pessoas a trabalhar no famoso horário das 8 às 17.

Na função pública também há alguns casos de adaptação aos novos tempos. Temos os exemplos dos serviços de saúde e das escolas. São cada vez mais os serviços de saúde que têm horários prolongados para evitar o congestionamento das urgências hospitalares. Nas escolas temos a denominada escola a tempo inteiro, com os alunos a estar nos estabelecimentos escolares das 8 às 19, em muitos casos.

Em Matosinhos há muito que se sentia a necessidade deste alargamento nas bibliotecas municipais. Finalmente a Câmara Municipal de Matosinhos ouviu os apelos de um grupo de jovens e decidiu alargar os horários de funcionamento das bibliotecas de Matosinhos (Biblioteca Municipal Florbela Espanca) e São Mamede de Infesta.

Assim, segundo comunicado da Câmara Municipal de Matosinhos, a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, junto aos Paços do Concelho passou a estar aberta ininterruptamente das 9.30 às 19 horas, de segunda a sexta e das 9.30 às 17.30 aos sábados, com intervalo de almoço entre as 12.30 e as 13.30. Quanto à biblioteca de S. Mamede de Infesta os horários são idênticos, com a alteração de abertura às 10 e não às 9.30, de segunda e sexta.

Como tenho escrito regularmente, o importante não é quem faz as coisas, mas que se façam. Sei que este assunto de alargamento dos horários das bibliotecas de Matosinhos foi um «cavalo de batalha» de uma juventude partidária, neste caso concreto da JSD. Sei que pretendiam um horário ainda mais alargado que permitisse os estudos durante parte da noite, principalmente na época dos exames, mas já é um começo.

Em Matosinhos, também pela luta destes jovens, o Conselho Municipal de Juventude tornou-se uma realidade e, coincidência ou não, os primeiros sinais começam a fazer-se sentir.

Espero que outros sinais de abertura e de adaptação se tornem realidade nos serviços públicos.

Até à próxima semana.

Saudações leceiras

Joaquim Monteiro


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