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Esta semana abriu a exposição 20 anos do Museu e vai estar em exposição até ao dia 29 de maio.
O Museu está a comemorar 20 anos mas a casa onde está alojado está a comemorar 120 anos. O solar foi mandado construir por João Santiago de Carvalho, um vimaranense, no final do século XIX. Sendo um industrial viajado, João Santiago de Carvalho encomendou uma casa luxuosa em que cada divisão refletisse um dos seus estilos artísticos preferidos. Assim, de divisão em divisão, há pormenores que vão do francês ao italiano e da época medieval à renascentista.
Esta casa passou por inúmeras adversidades estando quase a ser demolida na década de 50 do século XX para a construção do Porto de Leixões. Após o 25 de abril foi mesmo ocupada pelos retornados, mas não foi vandalizada, tendo os ocupantes utilizado os anexos, as antigas cavalariças e a casa da guarda. Nos anos 90, a Câmara Municipal de Matosinhos decide recuperar a casa e ali instalar um museu, função atribuída ao arquiteto Fernando Távora que, na sua juventude, tinha frequentado a mesma e sabia como era originalmente.
O Museu da Quinta de Santiago é composto por 2 pisos musealizados
Consultando o sítio da Câmara Municipal de Matosinhos obtemos a seguinte informação:
“Preservar e divulgar a memória histórica de Matosinhos e Leça da Palmeira através da arte é a missão central deste museu tutelado pela autarquia de Matosinhos e inaugurado em 1996.
O museu, inserido num edifício histórico, concluído presumivelmente em 1896, foi construído para residência da família Santiago de Carvalho e Sousa, com projeto do arquiteto italiano Nicola Bigaglia, é testemunha privilegiada das profundas transformações urbanísticas e sociais ocorridas na cidade de Matosinhos-Leça nos finais do séc. XIX e ao longo do séc. XX.
Integra, desde 2003, a Rede Portuguesa de Museus, e é um dos espaços museológicos fundadores da MuMa – Rede de Museu de Matosinhos.
Desde 2010, o espaço da Quinta de Santiago é constituído por 3 edifícios: O Museu, composto por 2 pisos musealizados: o primeiro piso dedicado à história local e social, é um exemplo das vivências de finais de séc. XIX e princípios do séc. XX, e o segundo piso alberga exposições de longa duração, com exibição de obras do acervo de Arte da autarquia, do qual destacamos obras de António Carneiro, Agostinho Salgado, Augusto Gomes Aurélia de Souza e Joaquim Lopes; o Espaço Irene Vilar, dotado de auditório polivalente e espaço de serviços educativos; e a Casa do Bosque, onde se encontra instalada a Cascata Gigante, com cerca de 15m2, uma reconstrução representativa da Leça de inícios do séc. XX, construída por José Moreira e doada ao Museu.
No amplo jardim que rodeia o Museu o visitante pode encontrar obras escultóricas de Siza Viera, Rui Anahory e Lagoa Henriques.
Infelizmente não pude, participar nas atividades, mas quero deixar aqui o meu apreço ao programa educativo do museu. São inúmeras as atividades e bastante diversificadas. Vale a pena visitar o museu e levar os nossos filhos a participar nas atividades que podem consultar no sítio da Câmara acima referenciado.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
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