Translate
SEMANA SANTA LEÇA DA PALMEIRA – PROGRAMA
Quarta-feira (dia 12) – às 21,30 horas, na igreja
Evocação da Paixão: Stabat Mater de Giovanni Battista
Hoje celebramos a Ceia do Senhor fazendo memória daquela noite em que o nosso Mestre e Salvador, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. Foi então que nosso Senhor Jesus Cristo, celebrando com os Seus discípulos o rito da páscoa da antiga aliança, instituiu o memorial da nova Páscoa como sacrifício de aliança eterna. Fê-lo quando lhes deu a comer como pão o Seu Corpo entregue e a beber o cálice do Seu sangue derramado, confiando-lhes o encargo de perpetuar em Sua memória o que Ele mesmo então fazia.
Com esse gesto tão denso e íntimo, Jesus exprimiu com antecedência o sentido salvador da Sua Paixão e Cruz, e instituiu o Sacramento que perpetuaria no tempo esse sacrifício verdadeiramente singular e definitivo. Por isso, ao celebrar agora o «Natal» da Eucaristia e do Sacerdócio, inauguramos do modo mais significativo o sacratíssimo Tríduo pascal de Cristo morto, sepultado e ressuscitado. Viveremos assim a Páscoa do Senhor iluminados pelo Santíssimo Sacramento com que Ele mesmo a antecipou.
Plácido Santos
TRÍDUO PASCAL
Quinta-feira Santa (dia 13)
16,00 horas – Missa da Ceia do Senhor e lava-pés c/ a catequese
21,30 horas – Missa da Ceia do Senhor, lava-pés e compromisso dos Ministros Extraordinários da Comunhão.
Adoração até às 24 horas.
Sexta-feira Santa (dia 14)
08,00 horas – Abertura da igreja
09,30 horas – Oração de Laudes
16,00 horas – Via Sacra da Capela de Santana até à igreja e Adoração da Cruz, com a catequese.
21,30 horas – Celebração da Paixão e Adoração da Cruz
Enterro do Senhor
Sábado Santo (dia 15)
09,30 horas – Oração de Laudes
21,30 horas – Solene Vigília Pascal
DOMINGO DE PÁSCOA (dia 16)
08,30 horas – Missa da Ressurreição, na igreja e Monte Espinho
09,30 horas – Saída das Cruzes para a Visita Pascal
12,00 horas – Missa da Ressurreição, na igreja
13,00 horas – Recolha das Cruzes da Visita Pascal, na igreja
19,00 horas – Missa da Ressurreição, na igreja
VISITA PASCAL – das 9h30 às 13 horas
Cristo Ressuscitado percorrerá as ruas e avenidas da nossa cidade. Entrará em casa das famílias que O receberem.
[h2]Mensagem Pascal do Pároco de Leça da Palmeira[/h2]
Cristo Ressuscitado
toca e transforma em vida
o nosso coração
e a nossa alma ferida.
Em Domingo de Ramos, entramos na “Semana Maior, para nós cristãos. Numa semana revivemos o “Mistério Admirável” da nossa Fé: A Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Após a entrada triunfal em Jerusalém em cima dum jumentinho, em três dias, a que chamamos de Tríduo Sagrado, Jesus vive por Amor, o maior acontecimento da história: a Sua Páscoa.
O sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto culminante de todo o ano litúrgico. A este sagrado Tríduo chama-se também Tríduo Pascal: “tríduo”, por abranger um período de três dias consecutivos; “pascal”, por acontecer nas imediações da Páscoa de Jesus. Afirmar que o Tríduo é o ponto culminante do ano litúrgico equivale a dizer que ele é o verdadeiro centro de toda a liturgia cristã. Ele não é uma simples festa, mas a festa das festas; não é apenas uma grande solenidade, mas a solenidade das solenidades cristãs. Não há, no decurso do ano litúrgico, nada maior do que ele. Santo Agostinho chamava-lhe “Tríduo de Cristo morto, sepultado e ressuscitado”.
Qual a razão desta importância ímpar do Tríduo Pascal?
Porque a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu mistério pascal e porque Cristo está sempre presente na Sua Igreja, especialmente nas acções litúrgicas. É esta presença de Cristo, particularmente nas celebrações do Tríduo Pascal, que faz delas o ponto culminante da liturgia cristã.
Está quase a chegar o Tríduo Pascal deste ano. O seu início vai acontecer “na Missa da Ceia do Senhor”, em Quinta-Feira Santa. Nesta solene celebração, Banquete dos banquetes, Jesus senta-Se à mesa com os discípulos para instituir o “mais sublime” de todos os Sacramentos: a Eucaristia. Hoje, fá-lo connosco. Dá-Se em alimento: “Tomai e comei, isto é o Meu Corpo; tomai e bebei, este é o Cálice do Meu Sangue… fazei isto em memória de Mim”.
Mas o Tríduo propriamente dito será: a Sexta-Feira Santa (dia da paixão, morte e sepultura de Jesus). Dia em que Jesus, como diz o Evangelista: “Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”. Entrega nas mãos do Pai o Seu espírito. Morre na cruz; o Sábado Santo (dia em que o corpo de Cristo repousou no sepulcro); e o Domingo (dia da ressurreição e das primeiras aparições de Jesus).
O coração pulsante do grande Mistério é a “Vigília Pascal, mãe de todas as santas vigílias”.
Bendito seja Deus pela Liturgia destes três dias santíssimos. Não é para recordar factos do passado, por mais importantes que sejam, que participamos nas celebrações do Tríduo, mas para tornar presente um Mistério, cuja eficácia nos envolve e une a Cristo. O Senhor da cruz, do túmulo e da ressurreição toca-nos naqueles ritos, ilumina-nos nas palavras e cânticos que proferimos e escutamos. Não somos nós que nos tornamos santos, mas é Cristo que nos santifica através da participação viva, consciente e activa nestas celebrações.
Se já adquiriste o hábito de não trocar a participação no Tríduo por outras ocupações da tua vida, dá graças ao Senhor e continua a fazê-lo. Se, pelo contrário, nunca participaste nas celebrações do tríduo pascal, deixa-me dizer-te que ainda não descobriste o que é começar a ser cristão deveras. Se quiseres, aceita livremente o meu convite: vem ao Tríduo. Nele encontrarás Cristo, e, se não Lhe opuseres resistência, Ele transformará a tua vida. Mais do que tu próprio, por tuas orações e trabalhos, é Cristo, na Liturgia, que te torna cristão a valer. O cristianismo não é um voluntarismo. É um DOM. Vem do Pai, não nasce de ti, embora procure e suscite em ti a resposta da tua liberdade. Pela Liturgia da terra participa desde já, cristão, na Liturgia celeste que eternamente é celebrada no seio da Santíssima Trindade.
À Tua passagem
os habitantes da terra gritam de alegria,
as colinas vestem-se de festa
e os desertos transbordam de água.
O meu coração e a minha carne
exultam no Deus vivo!” (cf. Sl 62; 65)
Com muita amizade,
O vosso pároco
Comentar