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Continuando na linha da mobilidade, hoje vou escrever sobre a Rua Veloso Salgado. Num passado não muito distante chamei a atenção para o que se estava passar nesta artéria de Leça e a situação tem-se agravado.
A situação é tão mais grave que já não é possível referir ”horas de ponta” pois o trânsito torna-se contínuo praticamente das 8 às 24h. E na maioria das vezes incluindo os fins de semana.
São vários os motivos que explicam este excesso de trânsito na Rua Veloso Salgado:
- A proximidade da Exponor. Quem vem do norte pela A28 vem ter à «rotunda da onda» e depois desce para a Exponor. Mas também há muitos que, vindos do sul, em vez de saírem no final da «ponte grande» e aceder às Exponor pela entrada junto ao Porto de Leixões, preferem sair mais à frente, na saída para o estádio do Leça e assim vêm entupir mais a Veloso Salgado. Em dias de feira na Exponor a situação torna-se caótica e a “caça” ao estacionamento leva os automóveis para o interior do bairro do Monte Espinho. E nos dias do Rally de Portugal? Como se costuma dizer, o melhor é esquecer.
- O parque desportivo da Bataria. A ocupação do parque desportivo tem aumentado. O pavilhão está ocupado durante toda a semana praticamente das 17 às 24 horas. Mas o campo de futebol também tem registado um acréscimo de jogos e sobretudo de espectadores ao domingo de manhã e ao sábado à tarde. Há alturas em que se torna extremamente difícil entrar e sair da Rua Francisco Maia. Já era tempo de se colocar semáforos neste cruzamento.
- A A28. Quando as filas no sentido Matosinhos-Porto começam junto a Exponor muitos automobilistas aproveitam para sair para o centro de Leça. Os ganhos serão poucos pois rapidamente o centro de Leça da Palmeira fica entupido e a ponte móvel não dá o escoamento necessário.
- A área comercial do Mar Shopping, do Matosinhos Retail Park e da Decathlon. Durante todo o dia, mas principalmente a partir do final da tarde e durante todo o ano, com agravamento na época natalícia, o trânsito de e para esta zona comercial é muito intenso. A rotunda que dá acesso ao estádio do Leça, à A28, a Santa Cruz e à área comercial é de loucos. Em algumas alturas parece uma selva em que o lema é «salve-se quem puder». Embora já tenham sido colocadas placas nas vias da área comercial e indicar a A28 e o acesso ao Porto pela zona do Freixieiro, a maioria dos automobilistas continuam a vir sair à Veloso Salgado.
- As lojas comerciais e restaurantes. Principalmente as que ficam em frente ao hotel, destacando-se o Brasileirão. Os carros estacionam durante todo o dia em cima do passeio perturbando a passagem dos peões e impedindo a circulação de carros de bebé. Muitas vezes até há lugares livres de estacionamento na rua, mas dá menos trabalho estacionar no passeio e assim ficar mais perto da loja.
- A Belchior Robles. A rua do farol como é conhecida. A única forma de se evitar a marginal de Leça é subir a Belchior Robles e entrar na A28. É o que muitas pessoas fazem e assim entopem a Veloso Salgado. As filas muitas vezes vêm desde a entrada da Petrogal.
Mas estes problemas são sobejamente conhecidos e são do conhecimento daqueles que têm a obrigação de os resolver. Alguns destes constrangimentos não são de fácil resolução mas outros podem ter os seus impactos negativos minorados. Não se pode é continuar a assobiar para o lado e fazer de conta que não se passa nada.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
Se o metro vie-se até Leça e servi-se a exponor ( e quem sabe o mar shoping) ficavamos a ganhar.. poderia ligar Matosinhos mercado a Pedras Rubras