Zeladores da Cidade são um sucesso absoluto?

Zeladores - Monte Espinho
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Joaquim MonteiroAproxima-se a sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de abril em que será votado o relatório e contas de 2015.
Coincidência ou não, este mês temos sido «bombardeados» com notícias autopromotoras de um programa criado pela Junta de Freguesia: os zeladores de Leça e Matosinhos.

Como já tive oportunidade de o dizer neste espaço de opinião e em alguns eventos públicos, esta iniciativa da Junta de Freguesia é uma mais-valia para os matosinhenses e leceiros.

No entanto, não é uma iniciativa original, pois já os executivos de Juntas anteriores faziam algo do género. No entanto, este executivo institucionalizou-o e tornou-o um programa devidamente enquadrado da ação da Junta, com regras e objetivos bem definidos.

A necessidade do executivo da Junta de Freguesia em dar tanto ênfase aos resultados obtidos é que me parecem algo descabidos, ou então são um meio de disfarçar os resultados obtidos.

Esperava que na sessão da Assembleia de Freguesia de abril este assunto viesse naturalmente «à baila» mas perante as sucessivas notícias que têm saído na comunicação social e nas redes sociais, parece-me pertinente deixar aqui algumas reflexões.

Na última semana saíram notícias, pelo menos, no JN (dia 26 de janeiro) e Correio da Manhã (28 de janeiro) relativamente a este projeto.

[h2]Zeladores são uma mais-valia para matosinhenses e leceiros[/h2]

Segundo as notícias vindas a público este projeto é um sucesso absoluto tendo permitido resolver mais atempadamente certas anomalias no espaço público, mais concretamente 43 ocorrências.

Mas continuando a analisar a notícia, esta refere-se ao último trimestre – que por acaso corresponde ao primeiro trimestre das ações dos zeladores – e às 33 zonas em que o território da freguesia foi dividido, segundo palavras do Presidente da Junta.

Ora analisando assim os números, estando a falar de 3 meses e de 33 zonas, 43 situações resolvidas não me parecem ser motivo para tanta autopromoção.

Sem querer beliscar o trabalho daqueles que graciosamente exercem o cargo de zeladores, reconheço que ainda não conheci o responsável pela área onde vivo. Nem sei de vizinhos meus que já tenham sido contactados por ele.

Acresce que a zona onde vivo tem um parque desportivo e dois bairros sociais, com algumas situações particulares, que têm sido devidamente abordadas em espaços de debate público, em Assembleias de Freguesia, em alertas efetuados por moradores e, até agora, nenhuma das situações referidas foi resolvida.

Segundo as notícias da comunicação social, diz o senhor Presidente da Junta que «o projeto pretende diagnosticar, em tempo útil e de forma eficiente, as situações que carecem de intervenção».

Assim, creio poder concluir que para o executivo da Junta de Freguesia o problema da falta de iluminação no parque de estacionamento do complexo desportivo da Bataria, o estacionamento caótico, a errada sinalética no cruzamento da Rua Francisco Maia com a Rua Margarida Ramalho, entre muitos outros , não são situações que carecem de intervenção.

Está explicado por que razão a Junta de Freguesia não dá seguimento aos alertas deixados pelos leceiros do Monte espinho na plataforma «A Minha Rua» no Portal do Cidadão.

Até à próxima semana.

Saudações leceiras

Joaquim Monteiro


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