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A Piscina das Marés, projetada por Álvaro Siza Vieira em Leça da Palmeira, foi considerada por um arquiteto italiano como a piscina mais bonita do mundo, pela forma única como se funde com o oceano.
O arquiteto italiano Luca Sassi, conhecido no Instagram pelo perfil @archisax, destacou Portugal ao afirmar que a piscina mais bonita e especial do mundo está em Leça da Palmeira. Trata-se da Piscina das Marés, projetada entre 1961 e 1966 por Álvaro Siza Vieira, um dos maiores nomes da arquitetura portuguesa e mundial.
No vídeo partilhado nas redes sociais, Sassi descreve este espaço como “uma fronteira delicadamente desenhada, um limiar entre o natural e o artificial”. A piscina, construída em betão e integrada nas rochas à beira do Atlântico, cria a ilusão de continuidade entre o mar e a água parada, tornando difícil distinguir onde termina a natureza e começa a intervenção humana.
Mais do que um simples espaço balnear, a Piscina das Marés é considerada uma obra-prima de arquitetura moderna. O arquiteto italiano realça como a rampa de acesso, os vestiários e o enquadramento com a paisagem mostram que a arquitetura pode ser poesia visual. O respeito de Siza pela envolvente natural transformou o local num ícone que conjuga arte, funcionalidade e contemplação.
Para Sassi, o gesto de “encerrar o oceano dentro de um limite definido” é, ao mesmo tempo, corajoso e poético. O complexo inclui duas piscinas — uma para adultos e outra para crianças —, além de vestiários e café, mas o que realmente o torna singular é a forma como se funde com a paisagem marítima.
Este reconhecimento internacional reforça a importância da Piscina das Marés não apenas como espaço de lazer, mas como património arquitetónico e cultural de Portugal, um exemplo raro de como o construído pode dialogar em harmonia com a natureza.
Tradução:
“A piscina mais bonita do mundo fica em Portugal, e aposto que não a conhece. É um complexo com vestiários, café e duas piscinas, uma para adultos e outra para crianças. Uma rampa inclinada desce entre duas paredes de betão, conduzindo da rua aos vestiários.
Chegando aqui, não se vê o mar, mas ouve-se o seu barulho. As piscinas encontram espaço entre as rochas, em frente ao oceano Atlântico. Quase não se percebe onde termina a piscina e onde começa o mar.
O complexo foi construído em meados dos anos 60, projetado por Álvaro Siza, mestre da arquitetura portuguesa. Estas piscinas mostram-nos como a coexistência entre a natureza e o construído pode ser maravilhosa. Como a beleza se encontra na linha ténue que separa a água do mar da água de uma piscina.
Penso que encerrar o oceano dentro de um limite definido é um gesto corajoso e poético. Se achas que existe uma piscina mais especial do que esta, escreve nos comentários. Mas saiba que, na minha opinião, não há comparação.”
