Leça da Palmeira: 2015 em revista

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O ano de 2015 aproxima-se do fim. Não é um ano que deixe grandes saudades aos leceiros.
Em termos de mandato, ou legislatura, conforme se queira dizer, estamos a meio. Passaram dois anos e faltam outros dois para as novas eleições. Se no primeiro ano ainda se podia dar o benefício da dúvida, neste tal já não acontece. O executivo da Junta tem maioria mais que absoluta e tem ainda um acordo com o PCP. Logo, o que não faz é por opção ou por incompetência.

Alguns autarcas ficam muito aborrecidos quando lhe fazem reparos e alguns até começam a «disparar» em todos os sentidos. Utilizam o argumento de que o ciclo é de 4 anos, que as atividades constantes do «Plano Plurianual de Atividades», como gostam de lhe chamar, são para serem executadas ao longo do ciclo legislativo e não a curto prazo.

Discordo frontalmente. Há obras que têm de ser executadas rapidamente, medidas que têm de ser definidas a curto prazo e não podem estar dependentes do calendário eleitoral dos autarcas.

Olhando para o que se fez em 2015 em Leça da Palmeira pouco ou nada fica na nossa memória.

As grandes festas que marcam a freguesia – Santana, Piratas, Natal – não trouxeram nada de novo. Bem pelo contrário, em vez de beneficiarem da experiência adquirida foram mais amorfas. Por vezes era impossível circular nos «Piratas», nem tanto porque houvesse uma multidão de gente, mas porque as barracas estavam todas amontoadas no jardim adjacente ao castelo. Já era a altura de alargar a área territorial da feira para que mais áreas de Leça beneficiassem da realização deste evento. Também a «Aldeia Natal» este ano estava muito mais pobrezinha do que no ano transato.

A única obra com algum significado foi a efetuada no Parque Florbela Espanca, mas mesmo essa ainda incompleta. Mas muitas outras obras prometidas não saíram do papel e algumas já se arrastam há anos. Já agora, há algum tempo alguém comentou que não devia ser tão crítico quanto às obras que não se fazem ou não se fizeram por ter sido autarca e nada ter feito. De facto algumas das obras que tenho enunciado em artigos anteriores já vêm do tempo em que fui membro da Assembleia de Freguesia e para as quais chamei a atenção. No entanto, como nunca exerci funções executivas na Junta de Leça da Palmeira a sua concretização nunca dependeu de mim mas sim dos outros.

A grande novidade de 2015 em Leça da Palmeira terá sido a criação da figura do zelador da cidade. Até saiu na comunicação social, com toda a pompa e circunstância. Mas passados todos estes meses ainda não sei quem é o zelador da minha zona. Nunca o vi pela área a falar com as pessoas ou a ver como estão as coisas. Por isso não estranho que as obras realizadas no Monte Espinho em 2015 sejam literalmente zero.

Sendo assim, só me resta desejar que 2016 seja um ano diferente. Que seja um ano de concretização e não apenas mais um ano de transição para 2017, ano de eleições.

A todos os leceiros, visitantes do sítio leca-palmeira.com e leitores dos meus artigos de opinião, desejo um PRÓSPERO 2016, cheio de saúde e de realizações pessoais e profissionais.

Até à próxima semana.

Saudações leceiras

Joaquim Monteiro