Liturgia Familiar: Proposta para 15.º Domingo Comum

Saiu o semeador a semear…

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Colocamos à vossa disposição esta proposta de celebração familiar neste décimo quinto domingo do tempo comum.

Não deixamos, no entanto, de referir que é apenas um subsídio. A celebração da Eucaristia é fundamental na nossa caminhada cristã e quem a puder celebrar presencialmente, não deve deixar de o fazer. Uma coisa é ver, outra é viver.

Estão dispensadas as pessoas de risco e idosas. Todas as outras têm o dever de celebrar, semanalmente, se possível ao Domingo, no Dia do Senhor, a Eucaristia.

Volto a dizer que na nossa igreja paroquial e capela de Monte Espinho procuramos criar todas as condições de higiene para podermos ali ir com segurança. Não tenhamos medo.

LITURGIA FAMILIAR

SAUDAÇÃO

Guia: Este tempo permite-nos saborear a beleza e a riqueza da Criação. À beira-mar ou no alto da montanha, os Céus e a Terra proclamam a glória de Deus. Somos desafiados a abrir o livro da natureza, com as mãos de um jardineiro e o coração de um poeta. A natureza está cheia de palavras de amor. Abramos os olhos do coração à grandeza e beleza do amor: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Todos: Ámen.

PEDIMOS PERDÃO

Guia: Procuremos, desde já, desimpedir do terreno do nosso coração tudo o que impeça de deixar frutificar a boa semente da Palavra de Deus.

Um membro da família: Pela Tua palavra, que nem sequer ouvimos, compreendemos e pomos em prática: Senhor, misericórdia. 

Todos: Senhor, misericórdia.

Um membro da família: Pela profundidade que não temos, no ouvido desafinado do nosso coração: Cristo, misericórdia. 

Todos: Senhor, misericórdia.

Um membro da família: Pelos cuidados e ruídos deste mundo, que sufocam a palavra da tua graça: Senhor, misericórdia. 

Todos: Senhor, misericórdia.

ACOLHEMOS A PALAVRA

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus – 13, 1-23

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar.
Reuniu-se à Sua volta tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem.
Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos:
“Saiu o semeador a semear.
Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho:
vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra,
e logo nasceram, porque a terra era pouco profunda;
mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz.
Outras caíram entre espinhos e os espinhos cresceram e afogaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta por um”.

PARTILHAMOS A PALAVRA

Guia: Realmente a Natureza, na sua harmonia, está cheia de palavras de amor, mas a pressa e o ruído impedem-nos muitas vezes de as ouvir e compreender. A mesma Natureza, na sua agonia, vítima espezinhada de tantos abusos, está hoje a gritar por uma mudança radical do comportamento humano. Nunca maltratámos e ferimos a Terra como nos últimos dois séculos.  Os meses de julho e de agosto, o tempo de férias e de descanso, proporcionam-nos a experiência de um contacto gratuito, gozoso e harmonioso com a Natureza.  Pensemos em quatro coisas simples para um novo estilo de vida, para uma verdadeira aliança de paz entre a humanidade e o ambiente:

Primeira: cuidemos de pequenas ações diárias, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias, reutilizar em vez de desperdiçar.

Segunda: regressemos a uma vida mais simples e mais sóbria, que se alegra com pouco e não está obcecada pelo consumo pois, quanto menos coisas estão à nossa mesa, tanto mais e melhor as poderemos saborear. 

Terceira: cultivemos o sentido da gratidão e da admiração, do maravilhamento e da contemplação, diante da beleza e da harmonia da Criação, através de um olhar contemplativo e não possessivo, orante e não evasivo.

Quarta: façamos a oração de bênção antes e/ou no final das refeições, pelo menos, aos domingos, no almoço, em família.

APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES

Guia: Ao nosso Deus que, por onde passa, faz brotar a abundância, confiamos os gemidos do seu Povo faminto e das suas criaturas em sofrimento, dizendo: Mostra-nos o teu amor!

Um membro da família: Pela Igreja: escute a Palavra do Mestre e a anuncie com abundância, sempre e em toda a parte, nós te pedimos: 

Todos: Mostra-nos o teu amor.

Um membro da família: Pelos que governam: cuidem deste mundo, fazendo dele a Casa Comum onde todos tenham direito a uma terra, a um teto e a um trabalho, nós te pedimos: 

Todos: Mostra-nos o teu amor.

Um membro da família:  Pelos pobres e pelas vítimas da pandemia, pelos que mais sofrem as alterações climáticas: o mundo inteiro se una no cuidado amoroso pela Terra, nossa Casa Comum, nós te pedimos: 

Todos: Mostra-nos o teu amor.

Um membro da família: Pela nossa família: optemos, neste tempo de verão, por um estilo de vida contemplativo e agradecido, sóbrio e simples, em harmonia com a beleza e a riqueza da Criação, nós te pedimos: 

Todos: Mostra-nos o teu amor.

[acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: 

Todos: Mostra-nos o teu amor.

Guia: Porque recebemos a gloriosa liberdade dos filhos de Deus, ousamos rezar com toda a confiança a Oração do Senhor: 

Todos: Pai nosso…

ASSUMIMOS UM COMPROMISSO

Guia: Esta semana cultivemos a gratidão e a admiração, o maravilhamento e a contemplação, diante da beleza e da harmonia da Criação, através de um olhar contemplativo e não possessivo, orante e não evasivo.

Bendigamos o Senhor! 

Todos: Graças a Deus! 


BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA [Para rezar antes da refeição]

Guia: Senhor, nosso Deus, que, pela luz do sol e pela água da chuva, enches de fertilidade a terra e dás a semente ao semeador e o pão para comer, abençoa, na abundância do teu amor, esta nossa mesa familiar, para que saboreemos e imitemos a tua bondade, junto dos teus filhos, nossos irmãos.

Todos: Ámen. 



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