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Matosinhos
Matosinhos assume-se como a cidade do turismo de cruzeiros, do melhor peixe do mundo, da arquitetura contemporânea, do design, do jazz, da ciência e investigação, da dança, do teatro, do surf e da vela e agora também da moda. Da moda e na moda…
Matosinhos é um município urbano com 62,42 km² de área e 175 478 habitantes (2011), fortemente dedicado ao sector terciário. No litoral da cidade situa-se o porto de Leixões, o maior porto artificial de Portugal. Parte do aeroporto internacional do Porto abrange os limites municipais.
É na cidade de Matosinhos, mais concretamente em Leça da Palmeira que se encontra a Exponor, o maior recinto de feiras empresariais do país. Possui ainda a mais importante porta do Grande Porto: o Porto de Leixões, o maior porto artificial de Portugal, construído nos finais do século XIX.
A principal festa em Matosinhos é o Senhor de Matosinhos, uma das principais e maiores Romarias de Portugal.
Terra de peixe e marisco frescos, Matosinhos é também um chamariz a todos os que gostam de boa gastronomia, muito apreciada e elogiada a nível nacional e internacional. Para muitos é “sala de jantar” do Norte.
Matosinhos é ainda um concelho com vasto património cultural e arquitectónico de onde se destacam os seguintes pontos de interesse na orla costeira do concelho que merecem ser visitados em qualquer altura do ano:
O que Visitar em Matosinhos
Roteiro pelo património histórico e artístico:
de Matosinhos a Leça da Palmeira e Angeiras
Anémona “She Changes”
Desde finais de 2004 que ilustra uma das principais entradas de Matosinhos – a praça Cidade S. Salvador, na fronteira com a cidade do Porto. Da autoria da escultora norte-americana Janet Echelman, é composta por três grandes postes metálicos, um deles com cerca de 60 metros de altura, e uma rede vermelha e branca (suspensa num anel com 42 metros de diâmetro), que se movimenta ao sabor do vento. A peça pretendeu assinalar a importância da atividade piscatória no concelho. Todavia, com o tempo, tornou-se a imagem de marca da cidade, sendo o monumento mais fotografado de Matosinhos.
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Escultura “Tragédia no mar”
Percorrendo a Marginal de Matosinhos, projetada pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, avistamos a escultura “Tragédia no mar” (2005). Da autoria de José João de Brito, a obra evoca o naufrágio, no dia 2 de dezembro de 1947, devido a um temporal, de quatro traineiras, que causaram a morte a 152 pescadores. O conjunto escultórico, inspirado numa tela do pintor matosinhense Augusto Gomes, retrata a dor, a aflição e os gritos de desespero perante a tragédia que se desenrola no mar.
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Titan
De regresso à marginal, deparamo-nos com o recentemente recuperado Titan, um guindaste de ferro, utilizado na construção do porto de Leixões, no século XIX. Com 69 metros de comprimento e 17 metros de altura, movido a vapor, constitui uma marca do património industrial português e mundial.
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Terminal de Cruzeiros
Ao fundo, no porto de Leixões, sobressai o Terminal de Cruzeiros (2015). Da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, esta obra alberga não só o cais de navios de cruzeiro, a estação de passageiros, o cais para embarcações turísticas com destino no rio Douro, um porto de recreio náutico, o Parque de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto e o CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha da Universidade do Porto.
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Monumento Senhor do Padrão
Saindo do porto de Leixões, seguimos em direção ao Monumento Senhor do Padrão, zimbório datado do século XVIII que assinala o local onde, segundo a lenda, apareceu a imagem do Bom Jesus de Bouças, mais tarde conhecida por Senhor de Matosinhos. Prosseguimos pela rua Heróis de França, sempre junto ao porto de Leixões, onde se encontram inúmeros restaurantes de peixe. Chegamos à avenida Eng. Duarte Pacheco e ao Mercado Municipal de Matosinhos que, em 2022, assinala os seus 70 anos de existência.
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Forte Nossa Senhora das Neves
Atravessamos a Ponte Móvel de Leixões, a quarta maior ponte basculante do mundo, que nos leva a Leça da Palmeira. Seguindo pela avenida Antunes Guimarães em direção à praia, ergue-se o Forte Nossa Senhora das Neves, construído no século XVII face à necessidade de defesa da costa dos ataques de corsários. Hoje, acolhe a capitania do porto de Leixões.
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Piscinas das Marés
Percorremos a Marginal de Leça da Palmeira, projetada pelo arquiteto Álvaro Siza. Visitamos a Piscina das Marés. Obra-prima de Álvaro Siza, foi inaugurada em 1966. É considerada um exemplar da harmonização dinâmica do espaço construído com as formas criadas pela natureza, proporcionando uma boa alternativa ao mar aberto.
Em 2006 foi classificada como Monumento Nacional.
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Escultura “Linha de mar”
Mais à frente, cruzamo-nos com a escultura “Linha de Mar”. Trata-se de uma peça escultórica da autoria de Pedro Cabrita Reis. Composta por vigas de ferro, apresenta uma perspetiva sobre a linha de horizonte do mar e sugere diversas interpretações através da forma e geometria e da sua sobreposição com o oceano.
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Farol da Boa Nova
Ao lado, ergue-se o Farol da Boa Nova (1926), com 46 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro. É o segundo farol mais alto do país. Nas imediações, surge a escultura “António Nobre e as Musas” (1970), da autoria do escultor Salvador Barata Feyo.
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Casa de Chá da Boa Nova
Em frente encontramos a Casa de Chá da Boa Nova (1963), da autoria do arquiteto Álvaro Siza. Nascida entre as rochas, esta casa de chá/restaurante debruçada sobre o mar, com amplas janelas envidraçadas, é apontada como paradigma da inserção e integração da arquitetura no sítio. O restaurante é gerido desde 2014 pelo Chef Rui Paula, tendo já conquistado duas estrelas Michelin.
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Capela da Boa Nova
Ao lado existe a Capela da Boa Nova, de invocação de S. João, datada do século XIV. Esteve durante muitos anos ligada aos eremitas Franciscanos, que se estabeleceram neste local até 1475, onde existia um pequeno mosteiro.
Num rochedo, está fixada desde a década de 40 do século passado uma placa de mármore evocativa de António Nobre com os primeiros quatro versos do soneto “Lá na Praia da Boa Nova” (1887), que recorda os tempos de infância e juventude passados em Leça da Palmeira, onde a sua família costumava passar o verão.
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Obelisco da Memória
De regresso à superfície, avistamos o Obelisco da Memória, construído entre as freguesias de Perafita e Lavra (1840-1864). O monumento assinala o desembarque, a 8 de julho de 1832, de um exército de 7500 homens comandados por D. Pedro IV com o objetivo de acabar com o regime absolutista em vigor em Portugal e instaurar um regime moderno e liberal.
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Tanques Romanos
Continuamos a nossa caminhada por Lavra. Entre as traseiras da Igreja Paroquial e a praia, existem vestígios arqueológicos de uma antiga villa romana (mosaicos, cerâmicas, entre outros). Já na praia de Angeiras, encontramos os Tanques Romanos (século IV – V), únicos na região norte. São seis conjuntos de tanques, com um total de 32 exemplares, de formato retangular e trapezoidal escavados no afloramento rochoso e dispersos ao longo de cerca de 600 metros pelo areal. Destinavam-se à salga de peixe ou à produção de outros tipos de conserva de peixe muito apreciado na época romana como o garum (pasta resultante da maceração de diversas espécies de peixe e moluscos com vinho, azeite e outros produtos).
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Parque de Campismo de Angeiras
Também nesta zona, funciona, desde 1962, o Parque de Campismo de Angeiras. Construído por ordem do então Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Pinto de Oliveira, este equipamento ocupa uma área de quase 90 mil metros quadrados e atualmente é gerido pela ORBITUR. Além de espaço para acolher tendas e caravanas, possui alojamentos totalmente equipados, minimercado de apoio, restaurante e bar, esplanada, piscina e bastante arvoredo.
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Outros locais para Visitar em Matosinhos
Igreja do Bom Jesus de Matosinhos
O templo já existia no século XVI.
Foi totalmente renovado no século XVIII, sendo dotado da mais elegante e exemplar linguagem barroca com traça do arquiteto italiano Nicolau Nasoni. As obras iniciaram-se em 1743, com recursos às ofertas prometidas pelos emigrantes que faziam fortuna no Brasil e aos “ex-votos” da gente do mar nas aflições da sua labuta.
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Mosteiro de Leça do Balio
Classificado como monumento nacional, este imóvel de origem medieval é considerado um dos melhores exemplares arquitectónicos existentes no nosso país, de transição do estilo românico para o gótico. Com origem anterior ao séc. X, foi posteriormente (séc. XII) a primeira casa mãe dos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de Malta em Portugal. Da construção românica resta apenas, nas traseiras da igreja, uma ala incompleta do claustro, um portal e uma janela com decoração vegetalisna. Foi reedificado no séc. XIV, segundo o modelo das igrejas fortalezas. A fachada principal, de estilo gótico, com ampla rosácea radiada e rematada por uma cruz da Ordem de Malta, possui torre de menagem de traça românica, coroada de ameias.
Aqui foi celebrado o matrimónio do rei D. Fernando (1367-1383) com D. Leonor Teles.
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Ponte do Carro
Elemento integrante da paisagem natural, faz a travessia do rio Leça, ligando as freguesias de Guifões a Sta. Cruz do Bispo. Trata-se de um belo monumento de estilo românico, ponto de passagem dos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela, com arco ligeiramente quebrado e pavimento empedrado.
Na zona envolvente à ponte foi construído o Parque da Ponte do Carro, com percursos ao longo do rio acompanhados de espaços relvados e equipados com mesas e bancos e equipamentos de diversão infantil.
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Casa da Arquitectura
A Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura, criada em 2007, em Matosinhos, é uma Associação sem fins lucrativos de carácter cultural vocacionada para a divulgação e afirmação da arquitetura a nível nacional e internacional.
A Casa da Arquitectura (CA) pretende ir ao encontro da necessidade de existir, em Portugal, uma instituição que acolha, trate e torne acessível a todos os diferentes acervos documentais de diferentes arquitetos, promovendo simultaneamente reflexões disciplinares e levando a arquitetura ao conhecimento e entendimento do grande público.
A atividade da Casa da Arquitectura tem recebido do Estado Português, ano após ano, o reconhecimento de Interesse Cultural.
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Desportos Náuticos bodyboard, vela, windsurf e surf
O concelho de Matosinhos oferece cerca de 15 kms de praias que vão recortando a costa em desenhos desiguais. Umas pequenas e recatadas, ideais para um dia mais relaxado, outras com grandes areais, convidando a longos passeios à beira-mar. Estas características diferenciadoras fazem com que sejam procuradas durante 365 dias por ano para a prática de desportos náuticos, como o bodyboard, a vela, o windsurf, e, especialmente, para a prática de surf.
Loja Interativa de Turismo de Matosinhos
O espaço dispõe de uma zona de atendimento ao turista, zona de exposição de produtos do Concelho e de toda a região, duas mesas interativas com informação, dois videowalls onde são projetados filmes de várias temáticas como património ou restauração. Um dos videowalls projetará imagens para o exterior da Loja Interativa de Matosinhos.
Endereço: Av. Gen. Norton de Matos 35, 4450-208 Matosinhos
Horário
Segunda-feira: 13h00-19h00
Terça a Sábado: 9h30-19h00
Domingo: 10h00-13h00
Contactos:
+351 229 392 412
+351 229 351 645
[email protected]
Bibliografia:
– “Matosinhos é mar o ano inteiro” – CMM
– Wikipedia
