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[h2]IMI em Matosinhos é uma questão política[/h2]
Esta semana ficamos a saber, através da comunicação social, que a Câmara Municipal de Matosinhos encerrou o ano passado com um saldo positivo de 24,2 milhões de euros. Também ficamos a saber que cada matosinhense em 2011 devia 454 euros e no final de 2015 “apenas” devia 294,46 euros.
Vistas assim as contas todos nós, matosinhenses, deveríamos ficar contentes por os nossos governantes terem feito uma boa gestão dos dinheiros públicos. No entanto, não consigo ficar satisfeito.
Custa-me a entender a insensibilidade da Câmara Municipal de Matosinhos para com os matosinhenses, recusando-se a reduzir o IMI por ser uma receita fundamental para o equilíbrio das contas do município e no fim do ano a Câmara Municipal de Matosinhos tem um aumento de 18% na receita, totalizando 116 milhões de euros!
A nível dos países, é dos livros de economia que os Estados no tempo das «vacas gordas», ou seja, nos tempos de prosperidade e riqueza, podem e devem aumentar os impostos para «encher» os cofres, para que possam intervir na economia nos tempos das «vacas magras», isto é, nos tempos de crise.
O que é verdade para os estados nacionais também o é para as autarquias locais. Tendo as Câmaras Municipais o poder de gerir este imposto – IMI, que por sinal é dos mais injustos que existe, já que pagamos licenças para tudo e mais alguma coisa e no final a casa ou o terreno nunca são nossos pois continuamos a pagar todos os anos para os ter – era do mais elementar bom senso que, numa altura em que os portugueses sofreram uma grande austeridade e ainda são muito ténues os sinais de alívio para as famílias, as Câmaras optassem pela sua redução.
Muitas autarquias fizeram-no. Matosinhos não. Foi uma opção política.
Ainda na mesma notícia o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos afirma que os números alcançados são interessantes e que a Câmara Municipal de Matosinhos tem muitos investimentos em curso. Para a concretização dos projetos a Câmara vai utilizar toda a sua capacidade de endividamento, 15 milhões de euros.
Na notícia o presidente da Câmara não diz quais os projetos em curso. Como leceiro espero que algumas estejam relacionadas com a nossa freguesia. Digo isto sem qualquer bairrismo bacoco e sem pretender colocar em causa as outras obras que estão a decorrer ou estão a ser programadas nas restantes freguesias do concelho.
Há anos que os leceiros reivindicam, por exemplo, obras de melhoramento na marginal, na zona histórica, na área envolvente ao Complexo da Bataria, a criação de um parque infantil a norte da freguesia, o arranjo das ruas no Lugar de Gonçalves. Havendo disponibilidade financeira da Câmara Municipal de Matosinhos, como é o caso atual, gostava que as opções políticas dos nossos governantes tivessem em consideração as necessidades das freguesias, dos matosinhenses em geral e não fossem definidas por possíveis interesses eleitoralistas. É que 2017 vem já aí e todos sabemos o que se passa em anos de eleições.
Já agora um aparte, gostei de ouvir o nosso presidente da Câmara disponibilizar-se para suportar os custos das obras no telhado da Escola Secundária do Padrão da Légua, de forma a permitir a sua reabertura. Como o Poder Central por vezes demora a responder é bom ver que o Poder Local está atento.
Até à próxima semana.
Saudações leceiras
Joaquim Monteiro
É um escândalo termos em Matosinhos,um dos IMI mais altos do País,pagamos uma renda do que é nosso e o maior escândalo é que fazem de conta que ao baixar 0,25%,estão a baixar algo, o que é mentira porque de seguida sobem escandalosamente o valor patrimonial,quando nada fazem perante queixas sobre edifícios degradados,que deterioram propriedades vizinhas e dão-se ao desplante de exigir uma taxa de 140 euros para fazerem uma chamada vistoria de salubridade,isto depois de terem comprovado e fotografado os prejuízos e inclusive terem notificado os senhorios,mas de seguida algo,leva a que os processos se compliquem e se tente que caia no esquecimento.Assobiam para o lado,perante uma lei que obriga os senhorios a fazer obras e manutenção dos edifícios de oito em oito anos