O “parque de diversões” do Complexo Desportivo da Bataria

Bataria
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Joaquim MonteiroA zona da Bataria em Leça da Palmeira é sobejamente conhecida pelo complexo desportivo que aí se localiza e que mantém no seu nome a memória do quartel da força antiaérea que durante muitos anos ocupou este espaço.

Nos últimos tempos esta zona tem sido notícia por motivos menos abonatórios, como a falta de iluminação no parque de estacionamento e a má sinalética nas estradas circundantes.

Quando, finalmente, os nossos autarcas decidiram ouvir os inúmeros apelos da população local e intervieram na área, resolvendo parte das queixas dos moradores, eis que surge um novo problema causado pelos mesmos autarcas…

Pavilhão da Bataria

Desde há uns anos que o passeio entre o parque de estacionamento da rua Francisco Maia e a Rua Veloso Salgado, na parte do Complexo Desportivo da Bataria, nesta altura natalícia é ocupado por espaços de «comes e bebes» e «diversões». Inicialmente apareceu uma «barraca» de farturas, nos anos seguintes juntou-se um carrossel de carrinhos de choque e, este ano, para além das farturas e dos carrinhos de choque já temos o pão com chouriço e um carrossel infantil. Já parece um “Luna Park”.

Por princípio, nada tenho contra a permanência destes espaços na área, apesar de ocuparem um espaço público e de reduzirem a área de estacionamento do parque. Não esqueçamos que são quase três os meses em que isto acontece (os primeiros vêm no inicio de novembro e costumam ficar até finais de janeiro) e apanha meses de intensa atividade no Complexo Desportivo da Bataria e na Exponor, o que faz com que em certas alturas do dia, nomeadamente ao fim de semana, faltem espaços para estacionamento e vejamos aquelas situações caricatas de automóveis quase que a cortar a passagem de certas ruas. Mas nada a que os moradores da área já não estejam habituados.

Recinto Desportivo Bataria

O que chateia mais os moradores é que os nossos autarcas, na ânsia de arranjarem dinheiro com o aluguer do espaço público, se esqueça de criar as condições necessárias para o mesmo. Os donos dos divertimentos, no tempo em que se encontram instalados neste espaço, residem em rulotes ou auto-caravanas, das quais se veem sair tubos que estão estendidos pelo parque e dos quais sai água que escorre pelo mesmo parque e se acumula nos buracos. Não é agradável ver essa água a escorrer e a acumular-se e, ao fim de algum tempo, começar a deitar algum cheiro. Além disso, quando se retiram os divertimentos, com os camiões a circular por cima do passeio, este fica estragado, com buracos e ninguém os vem reparar nas semanas seguintes.

Os nossos autarcas deviam ter mais zelo pela conservação do espaço público e se, como dizem, o poder autárquico permite índices de proximidade entre eleitos e eleitores, este era o momento de darem ouvidos aos moradores.

Até à próxima semana.

Saudações leceiras

Joaquim Monteiro


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