Os primeiros dias da épica viagem de Alexandre Pascoal à China…

Alexandre Pascoal

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O ciclista leceiro espera que a sua viagem contribua para uma mudança positiva no mundo.


Na manhã do último sábado, 13 de janeiro, um leceiro destemido de 51 anos, Alexandre Pascoal, deu início a uma aventura extraordinária de bicicleta com destino à China, partindo da praia de Leça da Palmeira. O anúncio surpreendeu alguns, mas para os mais próximos, a coragem de Alexandre não é novidade.

Propósito e Preparações Iniciais

A ambição de realizar esta viagem já existia há algum tempo, mas permaneceu em segredo até há poucas semanas, quando Alexandre partilhou o seu plano. A aventura está programada para durar 345 dias, com o regresso previsto para 22 de dezembro. O foco não é apenas turístico; Alexandre procura explorar as interações humanas com o meio ambiente, abordando questões como transição energética, mobilidade, consumo consciente, biodiversidade e clima.

Alexandre Pascoal expressou a sua gratidão pelo apoio recebido, destacando a licença sem vencimento concedida para concretizar esse sonho. Com um sorriso no rosto, despediu-se dos amigos no início da aventura, enfrentando o frio e a chuva com determinação.

Bicicleta de Alexandre Pascoal
Castelo de Paiva

Por onde ando…

“Xande”, como carinhosamente é tratado pelos amigos, documenta meticulosamente cada etapa de sua extraordinária viagem através de um envolvente Diário de Bordo. Neste diário, intitulado “Por onde ando… De bicicleta, em contagem decrescente, entre Leça da Palmeira e a China“, partilha diariamente os seus percursos, peripécias, curiosidades e experiências, oferecendo aos leitores uma visão muito próxima da sua longa caminhada. O blog não narra apenas as aventuras diárias, mas também destaca, pormenores das culturas, locais e gentes por onde vai passando e as suas reflexões sobre as relações humanas com o meio ambiente, com ênfase nas questões ecológicas que estão na génese desta sua viagem única. 

Resumo Diário da Viagem:

Dia 345 – Leça da Palmeira a Castelo de Paiva:
Na manhã de despedida, Alexandre Pascoal iniciou a sua viagem de 10.000 km, pedalando pelos caminhos que o levariam de Leça da Palmeira a Castelo de Paiva. Embora a ameaça de chuva se tenha manifestado, não diminuiu o entusiasmo deste aventureiro de 51 anos. Este primeiro dia marcou não apenas o início físico da viagem, mas também o começo do seu compromisso em explorar as conexões entre a humanidade e a natureza ao longo do trajeto.

Paragem com Bicicleta de Alexandre Pascoal
Resende

Dia 344 – Castelo de Paiva a Resende:
O segundo dia trouxe desafios e descobertas ao longo da N222, uma estrada escolhida estrategicamente para atravessar Portugal. Acompanhado pelas margens do Douro, Alexandre apreciou as paisagens familiares e recordações de infância. Este foi um dia de ajustes, onde o peso dos alforges e a nova rotina começaram a se integrar na experiência. Enquanto pedalava, a ligação com as energias renováveis, especialmente a eólica e hídrica, tornou-se um tema de destaque das suas reflexões.

Dia 343 – Resende a Peso da Régua:
O terceiro dia, marcado pela subida até Peso da Régua, revelou uma lição crucial: o plano original de viagem precisava de se adaptar às condições climáticas e à complexidade do terreno. A chuva interrompeu temporariamente a jornada, levando Alexandre a revisitar a sua lista de equipamentos e a redefinir as etapas diárias. Surgiram os primeiros sinais de que esta viagem seria mais do que uma simples travessia geográfica.

Miradouro da Misarela e Ti Neca
Armamar

Dia 342 – Peso da Régua a Armamar e volta a Peso da Régua:
O quarto dia marcou uma mudança no ritmo, com Alexandre a aliviar a carga dos alforges e a explorar as terras que circundam o Peso da Régua. Visitou Armamar, conhecida pela produção de maçãs, proporcionando um breve afastamento das subidas desafiantes. Este dia mostrou que a viagem não era apenas sobre o destino, mas também sobre os momentos inesperados e as conexões locais.

Dia 341 – Peso da Régua:
O quinto dia, uma pausa merecida, levou Alexandre ao Museu do Douro. Imerso na rica história da região, encontrou inspiração na geografia das vinhas e nas mudanças altitudinais. Este momento de reflexão destacou a importância das energias renováveis, e o Alto Douro Vinhateiro emergiu como um território a ser explorado nos próximos dias.

Dia 340 – Peso da Régua a Vila Nova de Foz Côa:
O sexto dia marcou a aproximação à região demarcada do Douro, uma transição que trouxe mudanças visíveis na paisagem. Subindo e descendo montanhas, Alexandre apreciou a agricultura local, especialmente o trabalho dedicado às vinhas. Ao chegar a Vila Nova de Foz Côa, a interação com moradores locais acrescentou um toque humano à caminhada, sublinhando o impacto positivo da viagem além dos próprios quilómetros percorridos.

Douro Vinhateiro
Peso da Régua

Fotos de Alexandre Pascoal, retiradas do seu blog “Por onde ando…”



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