(ainda a questão da) Falta de limpeza em Leça da Palmeira

Ecorede - Matosinhos
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Joaquim MonteiroNão é meu costume falar duas semanas seguidas sobre o mesmo assunto. Contudo, considerando alguns dos comentários nas redes sociais ao artigo da semana passada, creio ser meu dever dar algumas explicações extras. Por um lado, alguns dos comentários revelam desconhecimento/dúvidas por parte dos seus autores e, por outro lado, na passada segunda-feira, dia 11, este tema foi abordado na Assembleia Municipal de Matosinhos.

Na Assembleia de Matosinhos um deputado levantou a questão do mau serviço que está a ser prestado pela nova empresa de limpeza, partindo das queixas que tem recolhido por parte de muitos matosinhenses. O Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos teve, assim, a oportunidade de transmitir algumas informações que considero pertinentes e que respondem a muitas das dúvidas suscitadas nos comentários ao meu artigo.

Em primeiro lugar quero recordar que os meus artigos apenas ilustram o meu pensamento pessoal sobre os diferentes temas abordados. Como natural de, e residente em Leça da Palmeira, é perfeitamente normal que me debruce sobre os aspetos desta parte da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira. No entanto, também é claro que sei que este problema das limpezas das ruas não é exclusivo de Leça da Palmeira, mas sim de todo o concelho.

Passando para as dúvidas apresentadas nos comentários, convém ter presente que os contratos entre a Câmara Municipal e as empresas que prestam certos serviços não são eternos. Havia um contrato com uma empresa que prestava o serviço de recolha do lixo (para utilizar uma linguagem comum a todos) e fazia a limpeza das ruas. Esse contrato tinha um prazo de duração e chegou ao fim. Foi necessário efetuar um novo concurso público e, neste caso concreto, concurso público internacional, devido ao valor das verbas incluídas. Ou seja, independentemente de as pessoas estarem ou não satisfeitas com o serviço prestado pela empresa anterior era sempre necessário abrir o concurso.

Segundo as informações prestadas pelo Presidente da Câmara na Assembleia Municipal este concurso começou a ser preparado com tempo, cerca de 2 anos, mas houve alguns problemas na seleção da empresa vencedora, tendo algumas das empresas concorrentes recorrido da decisão final. Daí o tal impasse que referi na semana passada e que impossibilitou que a transição entre as empresas fosse devidamente efetuada.

Ainda segundo as declarações do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, a autarquia tem acompanhado o serviço prestado pela nova empresa (Ecorede), tem conhecimento do descontentamento de muitos munícipes e tem agido em conformidade. Terão sido aplicadas penalizações à empresa por não cumprimento integral do caderno de encargos e estará em cima da mesa a possibilidade de uma redução na taxa dos resíduos sólidos para os matosinhenses na fatura do mês, ou meses, em que a empresa não cumpriu devidamente a sua obrigação.

Como disse o Presidente da Câmara, denunciar o contrato nesta altura, como defendem alguns, não é solução. Não podemos ficar sem serviço ou estar a contratualizar diretamente. É necessário dialogar, ver onde se está a falhar e corrigir os erros. As coisas têm vindo a melhorar significativamente.

Como disse na semana passada, não interessa encontrar culpados, mas agir para encontrar soluções.

Até à próxima semana.

Saudações leceiras
Joaquim Monteiro


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1 comentário

  • Não quero devolução de dinheiro.
    Quero Leça limpa
    Ruas, contentores de lixo e outros
    Que a recolha de lixo não seja feita durante o dia
    É frequente ver fazer a recolha nas horas de mais movimento
    Quando se muda deve ser considerado sempre para melhor o que não está a acontecer
    É mais uma vergonha como os políticos gerem os nossos dinheiros

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