Liturgia Familiar: 6.º Domingo da Páscoa – Ano B

Liturgia Familiar: 6.º Domingo da Páscoa - Ano B

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Basta amar…

LITURGIA FAMILIAR

Dia a dia somos convidados a contemplar o amor de Deus, manifestado na pessoa, nos gestos e nas palavras de Jesus, que nos leva a viver de coração voltado para os irmãos. É este, aliás, o desafio que diariamente a Eucaristia nos faz, sobretudo, a Eucaristia Dominical. Por isso, não podemos deixar de referir que a Eucaristia é a fonte da nossa vida cristã; dela constantemente nos devemos alimentar.
A Eucaristia leva-nos a testemunhar o amor de Deus no meio dos homens. Através desse testemunho, concretiza-se o projeto salvador de Deus e nasce o Homem Novo.
O Sexto Domingo de Páscoa está marcado por uma prodigiosa simplicidade e por uma maravilhosa atualidade. Atualidade, na medida em que recorda a importância do respeito por todos os seres humanos. Simplicidade, uma vez que se trata de amar. Basta amar!
Amar como Deus nos ama é a revolução que realmente pode transformar o mundo. Esta transformação acontece, também, a partir da celebração comunitária da Eucaristia. Todos fazemos “falta” a todos para sermos mais e melhores cristãos. Por isso, não deixemos de “juntos”, em família, celebrarmos a Festa da Eucaristia.

SAUDAÇÃO

Um membro da família: O mandamento novo do amor! Precisamos de aprender a conjugar, de muitos modos, o verbo amar. Na voz passiva, deixemo-nos amar, por um Deus, cujo amor é anterior e é maior que o nosso coração. Na voz ativa, respondamos ao amor com que Deus nos ama amando-nos uns aos outros. O amor, mais do que um sentimento, é uma vontade.

Guia: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Todos: Ámen.

PEDIMOS PERDÃO

Guia: Pelas vezes em que resistimos ao Espírito Santo, excluindo do coração um ou outro irmão: Senhor, misericórdia!

Todos: Senhor, misericórdia!

Guia: Pelas vezes em que criamos muros e fronteiras, que separam e discriminam as pessoas pela cor, pela religião, pela nação, pela condição social: Cristo, misericórdia!

Todos: Cristo, misericórdia!

Guia: Pelas vezes em que descuidamos a nossa casa como lugar de oração e de partilha: Senhor, misericórdia! Todos: Senhor, misericórdia!

ACOLHEMOS A PALAVRA

Leitura do Evangelho de São João – 15, 9-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no Meu amor.
Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor,
assim como Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e permaneço no Seu amor.
Disse-vos estas coisas, para que a Minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.
É este o Meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois Meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor;
mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a Meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei,
para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça.
E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros”.

PARTILHAMOS A PALAVRA

Nesta ‘série’ acompanhamos algumas das primeiras testemunhas: Maria Madalena, Tomé, Pedro, João, Paulo. Muitas outras poderiam ser convocadas, graças a Deus. Não se trata de um quadro de honra. O mais importante é que as suas experiências inspirem cada um de nós a fazer o mesmo, isto é, a guardar os mandamentos, a permanecer no amor de Deus, a testemunhar a alegria do Ressuscitado, a viver como amigos, a dar frutos que permaneçam para as próximas gerações. Deus escolhe-nos para dar fruto. Desse modo somos ‘testemunhas da Páscoa’.
Através da prática do amor entenderemos quem é Deus e quem somos: homens e mulheres ressuscitados, cheios de amor e de alegria.
Amar é fazer amigos: e isto impele a dar a vida.
Em Deus, não há servos, mas amigos, irmãos.
A fraternidade universal e eterna começa nesta existência terrena.
Uma comunidade de donos e escravos ou de senhores e servos não condiz com o sonho de Deus.
O amor é, para o discípulo de Jesus Cristo, como uma marca identitária, um selo de garantia. A prova está nos frutos, não na teoria. Exige empatia e discernimento, sonho e compromisso.
O “amor divino é a luz que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir.
O amor é possível, e nós somos capazes de o praticar porque criados à imagem de Deus. Viver o amor e, deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo” (Bento XVI): eis a nossa missão.

APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES

Guia: Ao Senhor, nosso Deus, de quem procede todo o dom perfeito, dirigimos as nossas preces, dizendo: Escuta a nossa oração!

– Pela Igreja de Jesus Cristo: não se deixe confinar ao redil dos cristãos, mas saia ao encontro de todos os homens e mulheres de boa vontade, nos quais se revela a ação do Espírito, nós te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!

– Pelos governantes: enfrentem a crise pandémica com novas políticas inclusivas, sem deixar ninguém para trás, nós te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!

– Pelos nossos amigos e também por aqueles de quem não gostamos tanto: através deles possamos dar a conhecer o rosto vivo de Jesus Cristo, que deu por nós a vida, nós te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!

– Pela nossa família: imitando a entrega do Senhor por nós, aprendamos a dar a nossa vida pela vida dos outros, nós te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração!

– [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos:
Todos: Escuta a nossa oração

Guia: Rezamos como Jesus Cristo nos ensinou:

Todos: Pai nosso…

ASSUMIMOS UM COMPROMISSO

Um dos membros da família: O amor começa em casa. É fácil amar as pessoas que estão longe! E amar quem vive connosco? Cada dia é oportunidade para praticar o amor, a começar pela família, dentro da nossa casa. Vamos dialogar sobre as tarefas domésticas e assumir o compromisso de realizar uma (que não agrada ao próprio) como exercício de amor aos outros.
Guia: Bendigamos o Senhor!

Todos: Graças a Deus! Aleluia! Aleluia!

BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA (para rezar antes da refeição em família)

Senhor, nosso Deus, ao meio dia, enquanto se preparava a refeição
e Pedro entrava em oração, deste a conhecer que todos os alimentos são puros,
são frutos Tua bondade, frutos da terra e do trabalho humano.
Concede-nos agora a alegria de partilhar estes dons,
de coração agradecido e comprometido,
para que ninguém seja excluído da mesa da Criação e do banquete celeste.
Ámen.

Por: Padre Francisco Andrade
Pároco de Leça da Palmeira


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